A Anvisa aprovou, nesta terça-feira (21), a condução de ensaio clínico de possível vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas empresas BioNTech e Pfizer. Dois compostos, BNT162b1 e BNT162b2, serão alvos de estudo. Na segunda-feira (21), a fórmula teve seu resultado preliminar divulgado – e foi positivo: a vacina foi tida como segura e capaz de gerar anticorpos nos pacientes, nesta fase inicial de testagem. O estudo prevê a inclusão de cerca de 29 mil voluntários, sendo 5 mil no Brasil, distribuídos nos estados de São Paulo e Bahia. O recrutamento dos voluntários é de responsabilidade dos centros que conduzem a pesquisa.
Segundo comunicado da Anvisa, os compostos são baseados em ácido ribonucleico (RNA), que codifica um antígeno específico do vírus SARS-CoV-2. O RNA é traduzido pelo organismo humano em proteínas que irão então induzir uma resposta imunológica. O ensaio clínico aprovado será de fase 1/2/3, controlado com placebo, randomizado, para avaliar a segurança, a tolerabilidade, a imunogenicidade e a eficácia das vacinas candidatas de RNA de SARS-CoV-2 contra Covid-19 em adultos. O ensaio clínico é composto por 3 estágios e o Brasil participará do estágio 3, que corresponde à Fase 2/3 do estudo.
Este é o terceiro estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no Brasil: em 2 de junho, foi autorizado o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e no dia 3 de julho, o da vacina desenvolvida pela empresa Sinovac Research & Development Co. Ltd. em parceria com o Instituto Butantan. A Sinovac, inclusive, batizada de Coronavac, começou a testagem em São Paulo nesta terça-feira, junto ao Hospital das Clínicas. O governador João Doria comemorou a etapa, segundo ele, “histórica” para a pesquisa do estado.