O Congresso dos Estados Unidos retoma na segunda-feira (20) a discussão de um novo pacote de auxílio à famílias e proteção às empresas. As negociações são instigadas por sinais de uma recuperação econômica vacilante, o ressurgimento da pandemia do novo coronavírus e um prazo iminente para aumentar os pagamentos de auxílio desemprego. Este seria o quinto pacote de auxílio em virtude da covid-19 desde o início do ano. Atualmente, cerca de 25 milhões de norte-americanos utilizam o benefício de US$ 600 semanais concedidos pelo governo federal para minimizar as consequências econômicas da crise. Os pagamentos do auxílio terminam neste mês. A taxa de desemprego caiu para 11,1% em junho, mas alguns indicadores econômicos mostram que a contratação diminuiu novamente.
Republicanos e democratas parecem ansiosos em aprovar outro projeto de lei, em meio à dúvidas de quando as atividades de trabalho e escolares voltaram ao normal. Os democratas querem estender o benefício nos valores atuais até janeiro. Republicanos e funcionários do governo Trump criticaram o fornecimento de tamanha ajuda, que custa US$ 15 bilhões por semana, argumentando que isso desencoraja as pessoas a voltarem ao trabalho, pagando-lhes mais para ficar em casa.
O presidente norte-americano Donald Trump e os funcionários do governo apoiam uma nova rodada de pagamentos para os cidadãos, segundo autoridades da Casa Branca, mas elas não forneceram detalhes sobre o tamanho de ajuda que Trump apoiaria. Trump também disse que um corte na folha de pagamento deve ser incluído na legislação, de acordo com um alto funcionário do governo, colocando-o em desacordo com os democratas e alguns legisladores republicanos.
Autoridades da Casa Branca disseram ter discordâncias com os parlamentares republicanos sobre o quanto de financiamento é necessário na próxima rodada. “Alguns republicanos querem gastar mais do que a Casa Branca”, disse uma autoridade do governo. A concessão de nova rodada de ajuda para cidades e Estados também está na discussão, assim como os recursos a serem repassados para empresas e escolas.
*Com Estadão Conteúdo