A missão Solar Orbiter, enviada ao espaço em fevereiro desde ano, registrou fotos nunca antes vistas da maior estrela do Sistema Solar. Apesar de outras naves já terem chegado mais perto, esta é a primeira vez que as imagens foram feitas tão próximas ao Sol. No entanto, por trás da conquista bem sucedida, os bastidores foram um pouco diferente. Em meio à pandemia da Covid-19, a Nasa teve de se adaptar. Mesmo ficando uma semana parada e com os funcionários em home office, a missão continuou em andamento através de operações remotas.
As “fogueiras solares”, como foram chamadas as imagens capturadas, são, aparentemente, como as já conhecidas explosões solares, só que milhões de vezes menores. Os cientistas acreditam que, a partir delas, será possível reunir as camadas atmosféricas do Sol, o que permite entender como a estrela conduz o clima espacial no Sistema Solar. Os estudiosos vão investigar a formação dessas fogueiras e se elas já apareciam em imagens captadas por outras naves espaciais. Envolvido com a missão Solar Orbiter há mais de 13 anos, o pesquisador Daniel Müller disse estar emocionado com as imagens e que, como cientista, tem esperado esse momento há muito tempo. A missão tem o objetivo de registrar fotos do sol e também estudar os ventos solares, um fenômeno com partículas que podem ser perigosas para as telecomunicações.
#SolarOrbiter has made its first close pass by the Sun, studying our star and space with a comprehensive suite of instruments — and the data is already revealing previously unseen details. This is #TheSunUpClose. https://t.co/rVMjz45DoY pic.twitter.com/YLKBXRNQZb
— NASA Sun & Space (@NASASun) July 16, 2020
*Com informações da repórter Camila Yunes