O Reino Unido decidiu, a partir deste sábado (18), deixar de fornecer atualização diária do número de mortes causadas pela Covid-19 no país. A medida acontece depois que o governo britânico decidiu revisar os balanços na Inglaterra, de acordo com a agência Reuters. Os números divulgados pela Saúde Pública da Inglaterra incluiriam, segundo acadêmicos, óbitos por outras causas que não a infecção causada pelo novo coronavírus. A atual metodologia, segundo os estudiosos em questão, faria com que os índices parecessem piores do que em outras localidades no Reino Unido.
O primeiro-ministro Boris Johnson decidiu pela recontagem na sexta-feira. O número de 45 mil mortos por casos confirmados de covid-19 no Reino Unido é o mais alto da Europa, mas o país começou a abandonar medidas de isolamento na medida em que a quantidade de casos e os índices de infecção diminuíram.
Johnson estabeleceu o cronograma de relaxamento mais recente esta semana, dizendo que os empregadores terão mais liberdade para determinar as regras para o trabalho em casa, que a segurança de grandes aglomerações será avaliada e que as regras de distanciamento social podem ser anuladas a tempo para as festas de fim de ano.
“É minha esperança forte e sincera que poderemos revisar as restrições remanescentes e permitir uma volta mais significativa à normalidade não antes de novembro – possivelmente a tempo para o Natal”, disse.
Ele enfatizou que o plano depende do sucesso em manter os índices de infecção baixos, delinear um financiamento adicional para o sistema de saúde e determinar novos poderes para governos municipais isolarem focos do novo coronavírus.
“Assim teremos certeza de que estamos prontos para o inverno e nos preparando para o pior. Mas mesmo que nos preparemos para o pior, acredito fortemente que também deveríamos torcer pelo melhor”, disse.
Críticas por lentidão
O governo britânico foi criticado por causa de vários aspectos de sua reação à pandemia, inclusive ter sido lento demais para impor um isolamento e não ter acelerado a capacidade de realizar exames com rapidez suficiente.
O líder opositor Keir Starmer disse que é vital que o plano do premier seja endossado por especialistas para conquistar a confiança do público: “Isto não pode ser feito cruzando os dedos. Exige um plano crível e uma liderança nacional”, garantiu.
Johnson afirmou que, a partir de 1º de agosto, descartará a diretriz oficial que incentiva as pessoas a trabalharem em casa para dar aos empregadores o poder de decidir se é seguro ou não os funcionários voltarem a seus postos.
*Com Agência Brasil