Uma câmera na farda, e uma ideia na cabeça: monitorar os passos dos policiais militares. Em meio a cobranças para coibir casos de violência policial, o projeto de câmeras acopladas aos uniformes de policias não sai do papel por falta de estrutura tecnológica. As “bodycams” começaram a ser testadas em 2017, mas a proposta pouco avançou até o momento. Na semana passada, o governador João Doria voltou a anunciar a medida e disse que, a partir de primeiro de agosto, dois mil policiais militares usarão as câmeras.
No entanto, segundo o porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, Major Roberto Cabral, a falta de um sistema de armazenamento de imagens impede a expansão da medida. Outra determinação anunciada por Doria e que já está em vigor desde o começo de julho é retreinamento dos policiais militares. Por meio de vídeo-aulas, praças e oficiais estão tendo que relembrar as práticas de abordagem à população, principalmente em meio a multidões. O tenente-coronel Adilson Paes de Souza, da reserva da PM, diz que Doria superestima o impacto do retreinamento.
Por outro lado, o Major Roberto Cabral, porta-voz da corporação, ressalta que é sempre positivo relembrar os treinamentos da academia. Além de relembrar protocolos de abordagem, disciplinas sobre a nova lei de abuso de autoridade e Direitos Humanos e Cidadania estão sendo lecionadas ao agentes. A previsão é que o retreinamento acabe no próximo dia 31 de julho.
*Com informações do repórter Leonardo Martins