A Operação Kariri, conduzida pela Polícia Federal em cooperação com autoridades locais, desvendou uma teia de corrupção e crime envolvendo a família Umbuzeiro, liderada pelo agora falecido Rener Umbuzeiro. A investigação revelou um esquema sofisticado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que teria rendido à família cerca de R$ 50 milhões provenientes do cultivo e comércio ilegal de maconha na Bahia.
O confronto fatal entre Rener e as autoridades durante o cumprimento do mandado de prisão foi apenas o início de uma série de prisões que abalaram a estrutura da organização criminosa. Sua filha, Larissa, e seu genro, Paulo Victor Lima, foram detidos em São Paulo e Feira de Santana, respectivamente. Larissa, médica de profissão, era apontada como uma das mentes por trás da operação financeira do esquema, enquanto seu marido, um empresário, estaria envolvido na lavagem do dinheiro sujo.
Além disso, a esposa de Rener também foi capturada, demonstrando a extensão do envolvimento da família no mundo do crime. O império aparentemente legítimo da família Umbuzeiro, representado pela empresa Umbuzeiro Agropecuária, foi revelado como uma fachada para atividades criminosas, dedicando-se ao cultivo de diversas culturas agrícolas, além da criação de animais, mas secretamente alimentando o comércio ilícito de drogas.
A operação resultou na prisão de sete pessoas, além do bloqueio de contas bancárias e propriedades avaliadas em R$ 50 milhões. As ações da polícia se estenderam por diversas cidades, envolvendo cerca de 100 agentes e resultando na apreensão de armas, veículos, apartamentos e fazendas.
A Operação Kariri não apenas desmantelou uma organização criminosa, mas também serviu como um lembrete sombrio dos perigos da corrupção e do poder do Estado em proteger a sociedade contra aqueles que buscam enriquecer às custas da lei.