O presidente Jair Bolsonaro defendeu a biografia do ministro da Saúde interino, general Eduardo Pazuello, nesta quarta-feira (15). As declarações de Bolsonaro acontecem após a crise entre militares e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No final de semana, Gilmar comparou a atuação dos militares na Saúde durante a pandemia de coronavírus a um “genocídio”. O presidente, no entanto, não citou o episódio explicitamente, mas defendeu o trabalho feito por Pazuello.
Para Bolsonaro, Pazuello é “predestinado. Nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para servir melhor a sua Pátria”. “O nosso Exército se orgulha desse nobre soldado”, escreveu. Após a fala de Gilmar, o Ministério da Defesa e comandantes das Forças Armadas enviaram representação à Procuradoria Geral da República (PGR). O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, chamou a fala de Gilmar de “injusto ataque ao Exército”.
“Quis o destino que o General Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último. Com 5.500 servidores no Ministério, levou consigo apenas 15 militares para a pasta. Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas do Rio”, esclareceu Bolsonaro. Pazuello atuou na logística da Segurança e Defesa durante as Olimpíadas do Rio, em 2016. Após a polêmica, o ministro do Supremo afirmou, em nota, que não ofendeu a honra das Forças Armadas.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 15, 2020