“Quando você tem 50 milhões de seguidores, cada gesto, cada palavra — até um copo sobre a mesa — viram mensagens poderosas. Virginia Fonseca não foi à CPI apenas para depor. Ela performou.” Como empresária e especialista em desenvolvimento humano, comportamento e linguagem não verbal, analiso a aparição de Virginia Fonseca na CPI das Apostas sob uma ótica que vai além do discurso falado. Nada ali foi puramente casual — do moletom oversized ao copo rosa, da repetição de frases à suposta “confusão” entre o canudo e o microfone. Neste artigo, revelo como cada detalhe — consciente ou inconsciente — reforçou uma narrativa cuidadosamente construída para o público, os parlamentares e, principalmente, para a mídia. 1. A Linguagem do Visual: Por Que o Moletom Oversized Não Foi um Acidente Virginia surgiu com um moletom largo, de cores neutras, e visual despojado — uma escolha aparentemente simples, mas cheia de significado: Desconstrução da formalidade: Enquanto os políticos vestem ternos, o moletom dela transmitiu: “Sou uma pessoa comum.” Proteção simbólica: Roupas largas funcionam, muitas vezes, como uma armadura emocional — como se ela quisesse se esconder. Alinhamento com o público jovem: Manteve a imagem de influenciadora, não de investigada. “Roupas falam. E, neste caso, o moletom falou em tom de vulnerabilidade e pertencimento popular.”