Coreia do Sul: Seul investigará suposto abuso sexual cometido por prefeito encontrado morto

O governo metropolitano de Seul, na Coreia do Sul, anunciou nesta quarta-feira (15) que investigará o suposto abuso sexual cometido pelo prefeito da cidade, Park Won-soon, que teria cometido suicídio após tomar conhecimento queixa apresentada contra ele. Em comunicado, o porta-voz municipal, Hwang In-sik, afirma que será estabelecida uma “equipe de investigação conjunta para assegurar a legitimidade e objetividade do processo”. Além de representantes do governo, o comitê integrará associações para a defesa dos direitos da mulher, grupos de direitos humanos e especialistas em direito.

Todos estarão em contato direto com Seo Jung-hyup, antigo vice-prefeito para assuntos administrativos que assumiu o cargo de conselheiro municipal até a realização das eleições em abril. Hwang não forneceu detalhes, no entanto, sobre as datas ou prazos para o estabelecimento do grupo ou o início das investigações.

O corpo de Park foi encontrado na sexta-feira (10), ele deixou uma carta de despedida pedindo perdão pelos “danos causados”. Embora a polícia ainda não tenha confirmado, há suspeitas de que ele tenha tirado sua própria vida como resultado da queixa de abuso sexual feita por uma funcionária pública no dia anterior, algo que as autoridades certificaram após vários meios de comunicação confirmarem esse fato, citando fontes da polícia.

Inicialmente, o Conselho da Cidade explicou que não havia planos para abrir investigações. No entanto, na última segunda-feira (13), a advogada da funcionária e uma associação que aconselha vítimas de abuso sexual exigiram a investigação e leram uma carta da suposta vítima, que solicitou proteção policial. A advogada também explicou que foi apresentada outra denúncia por “danos derivados” da morte de Park. O Governo Metropolitano  afirma que “dará apoio adequado e eficaz” para evitar esses “danos consequentes” e garantir que a mulher, que ainda trabalha na Câmara Municipal, “possa retornar à sua vida cotidiana”. Segundo sua advogada, a mulher foi assediada por Park, que incluiu mensagens, insinuações e contato físico inadequado por quatro anos.

*Com informações da EFE