Estados brasileiros perdem um quinto da arrecadação em março, abril e maio, o que mostra a força da crise provocada pelo coronavírus. De acordo com o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, mesmo com o início da retomada das atividades o efeito negativo continua. As unidades da federação avaliam que as compensações federais não são suficientes. O presidente do Consefaz e secretário do Piauí, Rafael Fonteles, explica que alguns estados tiveram perdas superiores a 20%. Ele ressalta que o orçamento de estados e municípios é comprometido com despesas obrigatórias.
O secretário de Fazenda do Paraná, Renê Garcia Júnior, ressalta que toda cadeia produtiva sente os efeitos da crise. Renê Garcia Júnior acrescenta que a crise vai causar mudanças profundas em setores, como comércio. Já a secretária de economia de Goiás, Cristiane Schmidt, afirma que as contas no estado não fecham e salienta que falta recurso para promover investimentos em Goiás.
Em debate no Senado, o secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, indica como uma das soluções a reforma tributária. No caso da cidade de São Paulo, a prefeitura estima em até seis anos o período para retomar o volume de arrecadação anterior à pandemia.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni