O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira (17) o endurecimento das restrições para conter a segunda onda de contágios pela Covid-19. Entre as medidas anunciadas está o fechamento de restaurantes, do comércio não essencial e até mesmo das praias. Aos fins de semana, que em Israel são sexta-feira e sábado, somente os negócios essenciais, como mercearias e lojas de produtos de higiene, farmácias, óticas e empresas de telecomunicações, poderão abrir. Por enquanto, não haverá restrições ao movimento de pessoas, além do fechamento já existente nos bairros mais afetados pela pandemia.
Outas lojas e espaços serão fechados, incluindo mercados ao ar livre, shoppings, salões de beleza, cabeleireiros, livrarias, museus, zoológicos e piscinas e outras atrações turísticas. Nem mesmo as academias, reabertas nesta semana, poderão funcionar, a não ser as que recebam atletas profissionais. Os encontros serão restritos a um máximo de 20 pessoas em espaços abertos e dez em locais fechados. Nos escritórios públicos, o pessoal será reduzido em 50%, e os refeitórios dos funcionários serão fechados. Com essas medidas, o governo busca conter o avanço da doença e evitar um fechamento total, que paralisaria novamente a atividade econômica no país, cujo desemprego desde fevereiro aumentou de 3,3% para 21%.
Israel está perto de atingir dois mil novos casos de coronavírus por dia, um número que foi estabelecido como limite para a volta do bloqueio total. O país, com uma população de 9 milhões de habitantes, completou uma rápida reabertura no final de maio da primeira fase do vírus, que foi leve. Na época, houve um total de 17 mil casos e 285 mortes, mas o rápido declínio levou a uma segunda onda mais dura. Atualmente, o país acumula mais de 46 mil infecções e 384 óbitos, com uma contínua tendência ascendente e 200 pessoas hospitalizadas em estado grave.
*Com informações da EFE