A Ricardo Eletro informou nesta quarta-feira, 8, que Ricardo Nunes, fundador da varejista especializada em eletrodomésticos e preso nesta quarta-feira, e familiares não fazem mais parte do atual quadro de acionistas do grupo, tampouco de sua administração.
Em nota encaminhada, a Ricardo Eletro esclarece ainda que a operação realizada hoje pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil, faz parte de processos anteriores à gestão atual da companhia e dizem respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares, não tendo ligação com a empresa.
Nesta quarta-feira, além de Ricardo Nunes, outros empresários foram presos na Operação “Direto com o Dono”, que investiga sonegação e lavagem de dinheiro na região metropolitana de Minas Gerais, crimes que teriam desviado pelo menos R$ 400 milhões dos cofres públicos em cinco anos.
A Ricardo Eletro diz, na mesma nota, reconhecer parcialmente dívidas reconhece parcialmente as dívidas com o Estado de Minas Gerais, e que, antes da pandemia, “estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados, em consonância com as leis estaduais”.
A Ricardo Eletro diz ainda que se colocou à disposição “para colaborar integralmente com as investigações e que, em paralelo, está abrindo, junto com consultoria externa, investigação interna, apuração dos fatos.
A Máquina de Vendas – dona da Ricardo Eletro e Insinuante – é controlada pela MV Participações, que, por sua vez, é controlada por um Fundo de Investimento em Participações (FIP) e tem suas ações dadas em garantia dos bancos credores. A Starboard, especializada em empresas problemáticas, é gestora de fundos credores, por conta de uma posição em debêntures conversíveis da Máquina de Vendas, que até o presente momento não foi convertida em ações. A empresa está em reestruturação financeira desde 2018, quando acumulava dívidas de R$ 1,5 bilhão.