Nosso maior desafio era chegar nas pessoas invisíveis, revela presidente da Caixa

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, declarou que a instituição é, atualmente, o maior banco digital do mundo. De acordo com ele, a CEF bateu “vários recordes mundiais” com as medidas tomadas por conta do auxílio emergencial,como a criação das contas digitais. “O que demoram anos, fizemos em um mês. Isso gera vários intempéries. O importante é que vamos atingir quase 50 milhões de brasileiros que não tinham conta em banco.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Guimarães disse que os números do FGTS e de outros benefícios assistenciais são assustadores. “Nosso maior desafio era chegar nessas pessoas. Do Bolsa Família, 70% não tem conta em banco. E ainda não colocamos no Caixa TEM porque são os que temos mais receio, porque eles dependem desse dinheiro e estão recebendo da forma tradicional há 15 anos. Mas, após esse esforço, planejamentos manter as contas digitais de graça taxas menores de juros e a inserção de crédito para realizar operações de microcrédito.”

Pedro Guimarães citou que 36 milhões de invisíveis foram aprovados para receber o auxílio emergencial e 108 milhões de pessoas se cadastraram. No total, a Caixa Econômica está pagando o benefício para 65 milhões de brasileiros. No começo, isso provocou aglomerações e filas nas agências. “Iam presencialmente quem ia receber, os que não sabiam se iam receber e os que não iam e queriam saber o motivo. Então intensificamos o uso do aplicativo, que foi muito intenso.”

Ao todo, no Brasil, 120 milhões de adultos recebem algum tipo de benefício. O presidente da Caixa declarou que, desde que assumiu o banco, viajou pelo Brasil e encontrou uma realidade que nunca imaginou. “A Caixa tem um lado social que nenhum outro banco tem. São 26 mil pontos de venda e 13 mil lotéricas, fazemos financiamento de 600 municípios por ano.”

Pedro Guimarães lembrou o ataque hacker que ele e a família sofreram nas últimas semanas e declarou. “Esses bandidos estão roubando dos invisíveis. Com isso, quadruplico minha vontade de ajudar o Brasil. A Caixa sempre vai pagar, mesmo quando tem fraude, mesmo com atraso. Na pandemia, os mais carentes são os que vão sofrer com isso.”