Operação da PF Desvenda Fraudes em Criptomoedas: Empresário Alan Deivid de Barros Preso Temporariamente

Alan Deivid de Barros, empresário previamente conhecido por um episódio de expulsão de uma padaria em Barueri (SP) por usar um notebook, agora encontra-se sob custódia da Polícia Federal. A prisão ocorreu em Curitiba durante uma operação que investiga suspeitos de participação em uma organização criminosa envolvida em projetos fraudulentos ligados à criação de criptomoedas e NFTs (Tokens Não Fungíveis). A defesa de Barros nega qualquer envolvimento nos crimes.

O empresário ganhou notoriedade nas redes sociais no início deste ano, quando foi ameaçado pelo proprietário de uma padaria por utilizar um notebook em uma mesa do estabelecimento. O incidente, que gerou controvérsia, foi amplamente divulgado, mas não se compara à complexidade das acusações que agora recaem sobre ele.

A investigação da Polícia Federal aponta para uma possível organização criminosa sediada em Balneário Camboriú (SC), envolvida em diversos projetos que prometiam lucros substanciais aos investidores por meio da aquisição de criptomoedas supostamente vinculadas a parcerias com empresas renomadas. O grupo teria utilizado como chamariz uma feira de criptoativos em Dubai para promover seu lançamento.

Posteriormente, a organização ampliou suas atividades para a comercialização de franquias de mobilidade urbana, expandindo ainda mais seu alcance e impacto. Estima-se que aproximadamente 22 mil pessoas tenham sido vítimas desses esquemas fraudulentos, resultando em perdas financeiras significativas, avaliadas em cerca de R$ 100 milhões.

Os suspeitos enfrentarão acusações relacionadas a crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas podem totalizar até 28 anos de reclusão.

A investigação teve início após a Polícia Federal receber denúncias sobre pirâmides financeiras através de seu canal oficial em Itajaí. A ação resultou na execução de dois mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão em diferentes municípios, além de medidas de sequestro e bloqueio de bens de cinco pessoas e três empresas envolvidas no esquema.

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