A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) questiona retomada na Linha 6 Laranja do Metrô. A obra foi iniciada em 2015 e paralisada em 2016, após o consórcio Move SP, formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, ser atingido pela Lava Jato. Após imbróglio jurídico, o grupo espanhol Acciona assumiu o canteiro de obras no início deste mês de julho. Na comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Luiz Fernando Teixeira (PT) questionou a escolha pela empresa.
“A Acciona está envolvida na questão do rodoanel norte. Segundo consta, ela não concluiu o trecho do Rodoanel Norte, que ela era responsável. Eu pergunto ao senhor, nós estamos passando uma importante linha para uma empresa que já descumpriu contrato com o próprio governo do Estado”, questiona o deputado.
O secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, aguarda a retomada das obras ainda em 2020. “Imputamos a penalização no valor de R$ 50 milhões, já estão depositamos uma contra garantia, que por qualquer motivo que ela desista ou que ela não prossiga com a concretização da retomada das obras da linha 6, esses valores como assinados no contrato já serão tomados, serão de propriedade do governo do Estado de São Paulo.”
A Linha 6 Laranja do Metrô terá 15 quilômetros na ligação da Brasilândia a São Joaquim, com conexões com linhas as linhas 7 e 8, da CPTM, e 4 e 1, do Metrô. A estimativa é que 633 mil passageiros utilizem a rota diariamente. A obra é orçada em R$ 12 bilhões, sendo que metade caberá ao governo de São Paulo. A nova expectativa é de finalização em 60 meses.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos